O Conselho Federal de Medicina (CFM) publicou no dia 21 de maio a Recomendação Nº 1/2020 que dispõe sobre a continuidade das cirurgias bariátricas e metabólicas eletivas no período da pandemia da COVID-19 nos estados em que não houver determinação contrária do Conselho Regional.

Na decisão, o órgão colegiado considerou que pacientes portadores de doenças graves e ou/crônicas como a obesidade e o diabetes precisam de tratamento e que a sua postergação pode resultar no aumento da morbidade e da mortalidade.

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O atraso no tratamento cirúrgico de pacientes com obesidade clinicamentesevera, principalmente dos que possuem comorbidades como diabetes tipo 2, hipertensão e problemas respiratórios – com indicação cirúrgica – pode resultar em aumento da morbimortalidade decorrente da COVID19, em caso de infecção pelo vírus.

De acordo com a Recomendação do CFM, a priorização por pessoas com maior peso ou gravidade está indicada apenas para os hospitais e serviços que possuam uma grande demanda de procedimentos para evitar riscos de agravamento das comorbidades e mortalidade.

O reinício das cirurgias bariátricas e metabólicas no país é uma urgência premente, uma vez que os pacientes com obesidade e comorbidades a ela associadas apresentam risco aumentado de contrair a forma mais grave, a COVID-19.

RECOMENDAÇÕES

Segundo a Recomendação 1/2020(CFM), as cirurgias bariátrica e metabólicas devem ser feitas, preferencialmente, em instituições que tenham fluxo de atendimento independente do atendimento aos casos de COVID 19, com salas cirúrgicas isoladas e ambiente controlado.

Entre as recomendações para continuidade das cirurgias bariátricas e metabólicas, o CFM orienta alguns critérios de priorização de pacientes com quadros e comorbidades mais graves que devem ter seus procedimentos mais acelerados.

No pré-operatório, a recomendação é que sejam adotadas estratégias de triagem de possível contato dos pacientes com portadores de COVID-19 e realização de testes de diagnóstico. Em casos de sintomas respiratórios, febre ou suspeita clínica de infecção pelo coronavírus, a cirurgia deve ser adiada.

No pós-operatório, o CFM recomenda que os critérios para a alta do paciente devem ser os mesmos do período anterior à pandemia. Além disso, em relação a assistência ao paciente após a cirurgia, o Conselho sugere que as equipes disponibilizem assistência nutricional, clínica e psicológica remota – via telemedicina – para auxiliar no distanciamento social sem comprometer o acompanhamento.

Fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica

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