A cirurgia bariátrica minimamente invasiva por videolaparoscopia é o “padrão ouro” do tratamento cirúrgico da obesidade. A técnica chegou ao Brasil na década de 1990 para procedimentos do aparelho digestivo, e em 1998 foi realizada a primeira cirurgia bariátrica com esta técnica.
A cirurgia videolaparoscópica ocorre em todas as cirurgias abdominais que possam ter acesso por método minimamente invasivo, o que garante uma segurança maior e uma recuperação mais rápida do paciente. Em relação à cirurgia bariátrica, a indicação é para pacientes com IMC igual ou maior que 40kg/m², sendo realizada também em casos de IMC entre 35kg/m² e 40kg/m², desde que o paciente tenha comorbidades como, por exemplo, diabetes e hipertensão, e nas cirurgias metabólicas (IMC acima de 30kg/m²).
Além de uma maior precisão, a cirurgia bariátrica feita por vídeo proporciona uma recuperação mais rápida e menos dolorosa, diminuindo o risco de infecções e outras complicações. A cicatrização dos tecidos também ocorre de forma mais rápida, incluindo seu benefício estético.
As cirurgias videolaparoscópicas se diferenciam da convencional aberta (laparotomia) em vários aspectos que passamos a descrever.
ABERTA X LAPAROSCÓPICA
As diferenças começam no tem de internação. Na cirurgia aberta são necessários de três a quatro dias de internação, enquanto no procedimento laparoscópico, geralmente, são apenas dois dias. Na cirurgia realizada por videolaparoscopia são feitas cinco ou seis pequenas incisões no abdômen de 0,5cm e 1cm para a introdução das cânulas por onde são introduzidas as pinças para realizar o procedimento com apoio de uma micro câmera de alta
resolução. Já na cirurgia aberta esta incisão pode variar de 15cm a 30cm.
Enquanto na cirurgia aberta os pacientes levam de 30 a 60 dias para voltarem às suas atividades de trabalho, na cirurgia laparoscópica o retorno é precoce, eles estão liberados entre 10 e 15 dias. Dentre as vantagens estão ainda a diminuição do risco de hérnias de parede intestinal, infecção da ferida cirúrgica, diminuição do risco de complicações pulmonares e menor dor pós-operatória.
De acordo com a SBCBM, em 2018 foram realizadas cerca de 100 mil cirurgias bariátricas em todo País, que é o segundo no mundo com mais cirurgias realizadas.
Fonte: Sociedade Brasileira de Cirurgia Bariátrica e Metabólica (SBCBM)