A obesidade é uma doença crônica que, atualmente, atinge níveis pandêmicos. O risco elevado de doenças associadas ao sobrepeso e à obesidade é uma grande preocupação médica.
O Conselho Federal de Medicina (CFM), por meio da Resolução nº 2.131/15, aumentou o rol das comorbidades que poderão ter indicação para a realização da cirurgia bariátrica a pacientes com Índice de Massa Corpórea (IMC) maior que 35 kg/m². Pacientes com IMC acima de 40kg/m² têm indicação de cirurgia bariátrica, independente de comorbidades associadas.
Esse aumento do rol das comorbidades muito se deveu ao fato das doenças, sabidamente associadas à obesidade, melhorarem substancialmente após as cirurgias bariátricas, no entanto não estavam descritas na ultima revisão da resolução.
COMORBIDADES PARA INDICAÇÃO DA CIRURGIA BARIÁTRICA
A Resolução nº 2.131/15 estabelece o rol de comorbidades para indicação de cirurgia bariátrica. São as seguintes:
1) Diabetes tipo 2;
2) Apneia do sono;
3) Hipertensão arterial;
4) Dislipidemia;
5) Doença coronária;
6) Osteo-artrites;
7) Doenças cardiovasculares:
a) Infarto do miocárdio
b) Angina
c) Insuficiência cardíaca congestiva
d) Acidente vascular cerebral
e) Hipertensão e fibrilação atrial
f) Cardiomiopatia dilatada
g) Cor pulmonale e
h) Síndrome de hipoventilação.
8) Asma grave não controlada;
9) Osteoartroses;
10) Hérnias discais;
11) Refluxo gastroesofageano com indicação cirúrgica;
12) Colecistopatia calculosa;
13) Pancreatites agudas de repetição;
14) Esteatose hepática;
15) Incontinência urinária de esforço na mulher;
16) Infertilidade masculina e feminina;
17) Disfunção erétil;
18) Síndrome dos ovários policísticos;
19) Veias varicosas e doença hemorroidária;
20) Hipertensão intracraniana idiopática;
21) Estigmatização social e
22) Depressão.
Diante do avanço científico, é possível identificar a cirurgia bariátrica com o uma forma eficaz de tratamento da obesidade mórbida a curto e longo prazos. O conhecimento das comorbidades mais frequentes, nos casos de obesidade, facilita o diagnóstico precoce, a prevenção e o respectivo tratamento. Daí a importância de relacioná-las.
Fonte: Conselho Federal de Medicina (CFM)